Tenho falado aqui neste espaço, sempre que o assunto merece, que o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela, é mais perigoso do que se pensa, e que por isso mesmo devemos ter todo o cuidado para evitar que ele nasça e se reproduza.
Quando falo “devemos”, falo dos poderes públicos bem como da sociedade de um modo geral. Não se pode ficar esperando ações pontuais dos órgãos de saúde para combater o Aedes Aegypty. Esse é um combate que exige a união de todos. Estamos numa guerra e precisamos exterminar o inimigo. Essa a compreensão que tenho e que todos devem ter.
Surge agora a notícia de que a Secretaria de Estado e da Saúde Pública (Sesap) confirmou a presença do vírus Zika em uma mulher falecida no Rio Grande do Norte.
A paciente, uma jovem de 20 anos, residia no interior do estado e foi a óbito em abril de 2015. Inicialmente teve seu quadro notificado como um possível caso de dengue. Após o óbito, amostras foram enviadas ao Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), que descartou a presença do vírus da dengue e confirmou a presença do vírus zika.
Portanto, mais um agravante já que o Zika, conforme o Ministério da Saúde, é causador da microcefalia em recém-nascidos. Até agora se pensava ser o único mal causado pela doença cujo vetor é o Aedes Aegypti. Quando se falava em óbito se atribuía apenas a dengue. Com essa nova notícia se verifica que também o Zika pode levar a morte.
“Esta confirmação é um achado importante, vai agregar dados à investigação do comportamento do vírus, porém ainda não é o momento de dizer que o vírus zika causou o óbito desta paciente; isso só poderá ser confirmado após uma investigação completa e cuidadosa”, explicou Cláudia Frederico, coordenadora de Promoção à Saúde da Sesap.
Claro, se entende a cautela da técnica da Sesap. No entanto, o vírus Zika foi encontrado nas vísceras da jovem que foi a óbito e mesmo que ela tenha tido uma outra doença, e isso só será comprovado após o seu histórico farmacológico, fato é que o Zika, se não foi a causa de sua morte, certamente provocou o agravamento de qualquer tipo de doença que a jovem tinha e, claro, levou ela a morte.
Como eu disse no título do meu comentário, Aedes Aegypti: se havia motivos para preocupação, agora mais ainda.
Fonte: nominuto.com
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