Cerca de 130 policiais federais cumpriram simultaneamente 35 medidas judiciais, sendo oito de prisão preventiva, 19 mandados de busca e apreensão e oito de sequestro de bens, nos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e São Paulo. Os trabalhos estão sendo desenvolvidos nas cidades de João Pessoa (PB), Monteiro (PB), Salgadinho (PB), Parelhas, Natal, Governador Valadades (MG) e São Paulo (SP).
A operação contou com a colaboração de fiscais do Departamento Nacional de Produção Mineral-DNPM e da Secretaria da Receita Federal.
A organização criminosa é formada por diversos empresários e por um deputado estadual, que se utilizavam de uma intrincada rede de empresas off shore para suporte das operações bilionárias nas negociações com pedras preciosas e lavagem de dinheiro.
Considerada uma das pedras mais caras do mundo, estimada em R$ 3 milhões, a turmalina Paraíba era retirada de São José da Batalha, um distrito do município de Salgadinho, na Paraíba e enviada à cidade de Parelhas, no Rio Grande do Norte, onde era esquentada com certificados de licença de exploração. De lá, as pedras seguiam para Governador Valadares em Minas Gerais para a comercialização em mercados do exterior como Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China, Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.
Todos os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, usurpação de patrimônio da União, organização criminosa, contrabando e evasão de divisas.
*Sete Chaves – referência feita aos negociadores no mercado restrito da pedra, turmalina azul, que guardavam à "sete chaves" o segredo sobre a existência de uma pedra extra valorizada e pouco conhecida no mercado de pedras preciosas.
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