segunda-feira, 25 de maio de 2015

Só otário acredita na reforma política engendrada em Brasília


otario_mad_370Os políticos se sentem injustiçados quando são avacalhados por eleitores em pesquisas de opinião, enquetes, programas de televisão ou numa democrática fila de aeroporto.
Mas eles são os principais responsáveis pelo avacalhamento. Muitos não se dão ao respeito.
Vejamos o que ocorre hoje em Brasília no circo armado da reforma política:
Depois de quatro meses de discussões, a Comissão Especial da Reforma Política na Câmara dos Deputados corre o risco de ver seu relatório ignorado porque o todo-poderoso Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da casa, não gostou do trabalho do relator Marcelo Castro (PMDB-PI).
Cunha quer agora a votação ponto por ponto no plenário, deixando de lado o relatório dos colegas.
Tem um detalhe nessa história: Marcelo Castro foi escolhido a dedo pelo próprio Eduardo Cunha, que agora expõe o aliado ao ridículo.
Desde sempre, a reforma política não vai sair do papel.
Deputados e senadores não se entendem sobre sistema eleitoral, financiamento de campanha, reeleição (se acaba ou não), tamanho dos mandatos, coligações, coincidência das eleições, suplência de senadores, cláusula de barreira, entre outros temas.
Eles não se entendem porque só pensam nos próprios interesses, na forma mais fácil de garantir os mandatos e se perpetuarem no poder.
Não se engane, caro eleitor: se na próxima crise política ou no rastro de manifestações algum poderoso de plantão falar em reforma política, não acredite. Isso é conversa para engabelar trouxa.
Você gosta de fazer papel de otário?
Fonte: no minuto.com

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