terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

George,Wilma ,Lauro e ....!


George revela divisão da propina paga a Wilma de Faria, Lauro Maia e secretário

Ministério Público do RN oferece nova denúncia contra ex-governadora com desdobramentos da Sinal Fechado


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O Ministério Público do Rio Grande do Norte ofereceu nova denúncia como desdobramento da operação Sinal Fechado. Desta feita, a acusação atinge o engenheiro civil Delevam Gutemberg Queiroz, ex-secretário adjunto de Infraestrutura, ex-diretor do DER e ex-diretor da Companhia de Águas e Esgotos (CAERN) durante a gestão Wilma de Faria (PSB), de 2003 a 2010. A ação foi distribuída à 3ª Vara Criminal da Zona Sul de Natal.
Segundo o Ministério Público, Delevam negociou o recebimento de propina para si e para a então governadora Wilma de Faria e seu filho, Lauro Maia, já réus no processo que investiga as condutas criminosas relacionadas à operação Sinal Fechado. Segundo a nova denúncia apresentada, a cada contrato registrado, Wilma recebia R$ 15,00 (quinze reais), enquanto Delevam e Lauro Maia dividiam o montante de R$ 3,00 (três reais), sendo que o valor integral da corrupção era pago normalmente a Delevam, para posterior repasse aos demais acusados.
Delevam foi fundamental para a consecução do esquema em benefício de Wilma e Lauro e dele próprio e também, depois, para o governador Iberê Ferreira de Souza que sucedeu Wilma de Faria no governo. Wilma e Lauro já foram denunciados no que atine à celebração do convênio entre o DETRAN/RN e o Instituto de Registradores de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas do Rio Grande do Norte (IRTDPJ/RN).
Segundo o MP, Wilma, à época governadora e valendo-se de tal posição, autorizou a celebração do convênio entre o IRTDPJ/RN e o DETRAN/RN, em troca de valores indevidos pagos por George Olimpio. De acordo com o MP, Lauro Maia, para defender os interesses da organização criminosa perante a administração pública estadual, cuja gestora máxima era a sua própria mãe, patrocinou os interesses da organização. “A percepção de vantagens por parte de Wilma e Lauro foi toda intermediada por Delevam”, diz o MP.
Segundo o MP, “é patente, portanto, que Delevam exercia e ainda exerce um papel de suma importância como operador financeiro na estrutura familiar da ex-governadora, aí incluso, em especial, seu filho Lauro Maia, vez que as operações deflagradas têm mostrado que as tratativas celebradas por Wilma sempre o contemplam”.
Olimpio conheceu Delevam através de seu então cunhado, Eduardo Patrício.  Durante a conversa, Olimpio expôs seu intento de implementar a delegação do registro dos contratos de financiamento com garantia real de veículos adquiridos no Estado do RN para os oficiais de registro de títulos e documentos, representados pelo IRTDPJ/RN.
Disse Olimpio na delação: “Passado o ano de 2007 pro ano de 2008, nós, vendo que aquilo não ia andar, eu procurei uma forma de chegar ao governo para que aquilo se viabilizasse, e foi aí que meu ex-cunhado Eduardo Patrício, a meu pedido, me apresentou Delevam, que seria uma pessoa ligada ao governo de Wilma, à própria Wilma e a Lauro Maia. Após esses contatos com Delevam, eu fui procurado pelo próprio Carlos Theodorico para marcar uma reunião para tratar do assunto que no segundo semestre lá de 2007 havia sido, vamos dizer, colocado de escanteio. Já essas novas reuniões, depois dessa tratativa que eu tive com Delevam, toda a reunião que eu fiz com Delevam, conversando como é que seria, como é que seria a questão jurídica, os porquês daquilo, a questão financeira para os cartórios, que ia beneficiar uma série de cartórios que não faziam aquele serviço… aí eu fui chamado pelo Carlos Theodorico e a visão já mudou, a visão já era outra, ‘vamos fazer, a gente entende’, Marcos Vinícius foi chamado”.
A partir da forte influência exercida por Delevam foram deflagrados os trâmites para formalização do convênio entre o Detran e a entidade. “Em consonância com o depoimento de Olimpio, impende destacar o fato de que em 20 de maio de 2008, a então governadora presidiu uma reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado – CDE, oportunidade na qual o convênio em tela foi assinado (minuta constante do PIC 003/11), o que demonstra sua integral adesão à proposta formulada pelo idealizador da fraude”, diz o texto.
No entanto, a participação de tais colaboradores não se deu voluntária e graciosamente. Para garantir a implementação do convênio, Olimpio precisou arcar com uma contrapartida financeira, distribuindo lucros do negócio com os envolvidos. A repartição de receitas deu-se da seguinte forma: a cada contrato registrado, Wilma recebia R$ 15,00 (quinze reais), enquanto Delevam e Lauro dividiam o montante de R$ 3,00 (três reais) por registro.                 Fonte: Jornal de Hoje.

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