terça-feira, 31 de março de 2015

A fábrica dos partidos nanicos ILIMAR FRANCO 31.3.2015 11h19m

          O Fundo Partidário virou uma indústria de partidos nanicos. Vem aí o PL, do ministro Gilberto Kassab, e o PMP, de Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão. Um ex-deputado, que já foi de uma sigla nanica, explica que o dinheiro do Fundo é usado por deputados e senadores, na condição de presidentes regionais de uma legenda, para manter comitês (sedes), contratar parentes (funcionários) e cabos eleitorais. Ele diz que o deputado de uma agremiação nanica não tem peso político mas está com a vida ganha.
Criar partido é uma fonte de renda
Esse político pegou, a título de exemplo, o Solidariedade, presidido pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SP), e que tem 16 parlamentares. No ano passado, a sigla recebeu R$ 7 milhões. Esses recursos garantem aos seus deputados manterem campanha permanente durante o mandato. A lei permite que esse dinheiro seja gasto também com propaganda política, criar e manter instituto ou fundação de pesquisa. A cota do PSL, R$ 1,8 milhão, serve a um deputado. A do PTC, R$ 2,2 milhões, atende a dois; e a do PMN, R$ 2,5 milhões, a três. Os especialistas eleitorais afirmam que a renda desses partidos, e dos seus, é maior com a venda do tempo de propaganda na TV, viabilizada pelas coligações partidárias.
O desgaste do governo (Dilma) é grande, mas o do Congresso é maior. Todos nós seremos atingidos 

Luiz Sérgio 
Relator da CPI da Petrobras na Câmara e deputado federal (PT-RJ)
Por trás do pano 
O PMDB usou a briga no Turismo para ter uma nova pasta. Venderam para a presidente Dilma que ela não deveria pôr no segundo escalão um nome do Renan. Era melhor dar uma nova para Henrique Alves.
Não tem CPI
O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), diz que a oposição não vai propor uma CPI da Carf. “Por mais escandaloso que seja, nossas prioridades são BNDES, Energia e Fundos de Pensão”, argumenta. Na Câmara já funcionam quatro CPIs, e só pode ser criada mais uma. Nesse contexto, o tucano diz que propor a criação desta CPI “é jogar para a plateia”.
Suspense
Os petistas dizem no Congresso que cada vez que a imprensa registra que o tesoureiro do partido, João Vaccari, vai pedir licença do cargo, ele reage contra o fato de correligionários tornarem isso público. Vaccari virou réu da Operação Lava-Jato.
Se a moda pega
O governo Dilma está sendo pressionado a reduzir o número de ministérios. São 39. Mas essa pressão também pode chegar aos estados. O Rio e São Paulo têm 26 secretarias. O Paraná e Minas só têm 17. E o Rio Grande do Sul, apenas 15.
Esfinge
Diz-se, no PMDB, que é difícil saber o que quer o presidente do Senado, Renan Calheiros. Afirmam que nem sempre ele faz o que diz. Contam que, em 2005, disse que iria a Lula articular por Michel Temer e defendeu Aldo Rebelo para suceder Severino Cavalcanti na presidência da Câmara.
Pulando fora do barco
O PMDB Jovem decidiu se retirar da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ). Seu presidente, o secretário de Esportes do Rio, Marco Antônio Cabral, critica o PT pela exclusão dos representantes do partido dos debates e decisões da secretaria.
O senador Marcelo Crivella (RJ) diz que não fez pesquisa cujo resultado indica que a rejeição ao bispo Macedo, da Iurd, o atrapalha. Então, tá!

Nenhum comentário:

Postar um comentário