terça-feira, 24 de março de 2015

Flávio Veras superfaturou Carnaval, São João e aniversário de Macau, aponta MP do RN


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O Carnaval de 2011 não foi o único evento que o Ministério Público do Rio Grande do Norte acredita que o grupo comandado pelo ex-prefeito de Macau, Flávio Veras (PMDB), se utilizou para tirar recursos públicos municipais. Segundo a Procuradoria-geral de Justiça, o ex-chefe do Executivo macauense responde a outras 12 denúncias, todas referentes às investigações da Operação Máscara Negra, deflagrada em 2013.
Os valores totais dos desvios, no entanto, ainda não são consenso dentro do Ministério Público. A promotora responsável pela investigação, Isabel Menezes, revela que a quantia foi R$ 1,2 milhão desviado do Carnaval de Macau de 2011 e mais R$ 280 mil da Festa Junina de 2012. Os outros valores ainda estão sendo levantados pelo MPRN, mas já se sabe que neles estão presentes os mesmos indícios de superfaturamento.
“A prisão dele foi referente ao carnaval de 2011, mas essa não é a única denúncia que o ex-prefeito Flávio Veras responde. São 13 denúncias referentes, apenas, à Máscara Negra, ou seja, que dizem respeito à contratação de bandas para festas como o carnaval, a Festa do Sal, São João. E era um esquema que continuava até agora”, afirmou o procurador-geral de justiça adjunto, Jovino Pereira, em contato com O Jornal de Hoje pela manhã.
Segundo o adjunto, as irregularidades estão se repetindo em, praticamente, todas as festas desde 2010 e não teriam cessado nem quando ele deixou a chefia do Executivo, em 2012. Inclusive, O Jornal de Hoje já apontou algumas vezes esses indícios de irregularidades com as festas, com base em comparativos dos valores pagos pela Prefeitura para cachê de bandas, e as quantias que essas mesmas atrações receberam para se apresentar em outros municípios.
Lembrando que as irregularidades ligadas a contratos de bandas não são as únicas que são imputadas ao ex-prefeito de Macau. “Ao todo, Flávio Veras responde a 17 processos criminais, além das ações na Justiça Eleitoral, onde ele tem até uma condenação já transitada em julgado por compra de votos”, acrescentou Jovino Pereira, se referindo ao processo que teve a última decisão em 2013 e que levaria Flávio Veras à prisão se a sentença for mesmo cumprida, o que ainda não aconteceu porque a defesa do ex-prefeito tem protelado o cumprimento da decisão por meio de embargos declaratórios.
Fonte: Jornal de Hoje.

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