Sobre a gestão do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), Wilma considera que existem ações importantes em todos os setores
Alex Viana
Repórter de Política
A presidente do PSB no Rio Grande do Norte, vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, diz que ainda é cedo para avaliar a gestão do governador Robinson Faria (PSD). Ex-governadora do Estado, porém, ela acredita que o atual chefe do executivo potiguar está respondendo bem aos desafios administrativa até agora postos a sua frente.
“O momento ainda é de análise. Mas podemos pontuar questões que merecem reflexão da população: ao mesmo tempo em que reconhecemos, por exemplo, a importância do funcionalismo ter seu salário em dia, consideramos temerário o uso de recursos da previdência para tal fim. Então vemos que medidas administrativas não podem ser tomadas para solucionar algo em prejuízo de outro lado”, afirma Wilma, nesta entrevista exclusiva ao Jornal de Hoje.
Sobre a gestão do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), Wilma considera que existem ações importantes em todos os setores, mas há muito mais a fazer. Como dirigente do PSB, ela aposta na ampliação da parceria com a gestão municipal. “O PSB pode contribuir mais com a gestão e temos colocado isso para o prefeito, vez que somos cobrados diariamente pelo povo que confia na nossa experiência e histórico de muito trabalho”, diz Wilma. Confira sua entrevista.
O Jornal de Hoje – Qual a avaliação que faz do quadro político nacional?
Wilma de Faria – O quadro é de total atenção, visto a insatisfação popular com o governo e movimentos expressivos nas ruas, inclusive, com pedido de impeachment da presidente da República pouco tempo depois de um processo eleitoral. Temos que destacar ainda as recentes aprovações e discussões no Congresso Nacional de matérias integrantes da ampla reforma política tão reivindicada pela população e que afetarão o próximo pleito, podendo alterar as composições de alianças, como resultado, por exemplo, do fim das coligações no Legislativo, recentemente aprovado pelo Senado, e que segue para apreciação da Câmara Federal. Temos ainda o surgimento de partidos e aglutinação de outros. Então o quadro é de análise de todos esses fatores e de construção de ações para que possamos continuar contribuindo com o desenvolvimento do nosso país.
JH – O país cresce apenas 0,1% em 2014. Como analisa o panorama econômico brasileiro?
WF – Com muita preocupação. Diariamente nos deparamos com notícias negativas na economia. Além de frustração de expectativas, que já eram limitadas, temos previsões também nada animadoras, com recordes de taxas de juros, aumentos constantes e abusivos e instabilidade que leva todos a retraírem o consumo afetando todos os segmentos econômicos e por conseqüência a geração de emprego e renda em toda a nação.
JH – Aqui no Estado, qual a avaliação que faz desses quase três meses de gestão Robinson Faria?
WF – O momento ainda é de análise. Mas podemos pontuar questões que merecem reflexão da população: ao mesmo tempo em que reconhecemos, por exemplo, a importância do funcionalismo ter seu salário em dia, consideramos temerário o uso de recursos da previdência para tal fim. Então vemos que medidas administrativas não podem ser tomadas para solucionar algo em prejuízo de outro lado.
JH – Como o governo está encarando o caos no setor prisional, na sua ótica?
WF – Demonstram dar a atenção que a grave situação requer. Vimos preocupação da gestão em adotar medidas emergenciais, mas precisamos ver que o estado de calamidade pública decretado permite à administração apenas ações a curto prazo. Precisamos saber se há uma equipe debruçada na elaboração de um cronograma a médio e longo prazos e se o governo federal, que concentra a maior parte dos recursos injustamente, terá a mesma sensibilidade, agora pontual, para aprovar a execução de projetos que ampliem a capacidade do sistema prisional no RN.
JH – O governo Carlos Eduardo está com pouco mais de dois anos de gestão. Como avalia?
WF – Estamos adotando ações em todas as áreas, com prioridade nas essenciais. Mas há muito mais a fazer. Todos os dias recebemos sugestões, mas também críticas. E buscamos levar aos setores responsáveis para que a gestão seja eficiente e sintonizada com anseios da população, portanto participativa.
JH – Quais os projetos do PSB para este ano e o próximo?
WF – O PSB/RN segue diretriz nacional e passa por um momento de construção de plano estratégico para retomada de crescimento. Desta maneira, estamos buscando também fortalecimento da legenda em todo o estado, para termos candidaturas potencialmente exitosas nos municípios nas eleições de 2016.
JH – No que toca à aliança com o prefeito Carlos Eduardo Alves, como vê?
WF – Seguimos contribuindo com a gestão. Mas com a capacidade e disponibilidade de fazermos mais.
JH – O PSB vai pleitear maior participação na gestão, ou está satisfeito?
WF – O PSB pode contribuir mais com a gestão e temos colocado isso para o prefeito, vez que somos cobrados diariamente pelo povo que confia na nossa experiência e histórico de muito trabalho.
JH – Nas eleições do ano que vem, o prefeito candidato à reeleição, o PSB espera indicar novamente o vice?
WF – O PSB espera continuar parceiro do projeto, mas ainda discutirá internamente o assunto com seus membros.
JH – Qual o projeto político de Wilma de Faria?
WF – Continuar contribuindo com o desenvolvimento do Rio Grande do Norte e também do Brasil, participando ativamente das discussões e ações que afetam a qualidade de vida de todos. Fonte: Jornal de Hoje.
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